segunda-feira, 11 de abril de 2011

Noite

Ao anoitecer sonhos tomam conta de meu coração, que bate aflito e espaçado, nessa imensidão da noite que é um sem por quê de frieza, de solidão.
Meu coração bate, e é como se uma bossa nova ou jazz emprestasse sau batida a ele,  ele bate, e bate por trazer consigo ilusões de minha alma apaixonada, sedenta, que acumula ainda restos de esperança num amor que se não for eterno, que seja enquanto dure .... e que dure sim muito tempo, pois a sensação do amor é plena, é como um extase continuo e calmo, é contraditório sim, mas quem disse que é necessario não ser para que a realidade se faça? Assim como o som do jazz não é regrado, assim é o meu coração.
E ao me deitar as sensações  vêm num turbilhão de cores e sentidos indescritiveis e maravilhosos, como num caleidoscópio.  É como voar , é como beber um vinho e senti-lo entorpecer as extremidades, é como tomar um banho de mar pós chuva, e sentir o calor da agua na temperatura do seu corpo, e chorar de emoção por isso, porque o mar naquele momento apreendido e singular, faz parte de ti, da tua lagrima, do teu calor, da tua vida. Nessas horas, não me importa o que os outros pensam, quem pensa não sente, e eu não posso dar prioridade aos que me vêem como opção, não posso perder meus momentos lucidez, não quero, o ue quero é plenitude se não houver plenitude nisso, no que mais haverá? Não quero ser levada pela vida, como uma pedra carregada pela correnteza, quero filhos na escola, quero beijos escondidos, entumecidos como sou agora.
E agitada, reviro-me noite adentro, porque sei que com amizade e desejo , nossos corações e corpos ainda não sabem lidar.

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