segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Para quando eu sair de mim mesma

Quando eu saí de mim mesma, eu vi que não era tão esperta assim.
Quando eu saí de mim mesma, eu vi o mundo num turbilhão de cores e sentidos, como um caleidoscópio, e senti a vida pulsar dentro do meu peito, me mostrando que eu enfim, havia acordado para ela ... E ela me daria essa segunda chance.
Quando eu saí de mim mesma, daquele esconderijo obscuro e diabólico camuflado dentro de mim, eu precisei proteger meus olhos do brilho ofuscante do sol, e tive medo do calor que senti, tive medo de todas as sensações que eu jamais me permiti, e que experimentara, me fazendo um bem daqueles de fechar os olhos por longos e intermináveis segundos de extase.
Quando eu saí de mim mesma, eu percebi enfim que não havia necessidade de fugir dos meus pensamentos e de tudo aquilo que povoava ( e ainda povoa) minha mente, que por povoar me aprisionava dentro de mim, sem encontrar compatíveis, e que me fazia crer que era melhor calar à manifestar a quem não pudesse compreender.
quando eu enfim, ergui meus olhos para o mundo, e disse " aqui estou", vi o céu celestialmente azul, e todas as criaturas, e todas as pessoas com um carinho imensuravel, e de repente eu pude perdoar antes mesmo de ser desapontada, e eu vi como todos somos ainda infantis, medrosos, fracos ... Senti uma emoção de me fazer chorar, e assim, um tanto cega de lagrimas e imenso amor, pude decidir:
- Decidi que, de uma forma ou de outra, eu havia conseguido viver, e descobri a motivação para fazer jus aos que chama de vida, e que eu chamo de oportunidade.
E hoje, é como se cada dia guardasse o desejo, a beleza, o segredo. Como se fosse o primeiro, embora um dia chegue o último.
Mas será assim : livre,  com amor, carinho, dedicação, liberta de todas as fugas, longe das lentes distorcidas do imenso egoismo de não compartilhar, que pairavam sob meus olhos, que estou a pé nessa estrada deliciosa rumo à plena, desejada, e vivida a cada segundo: FELICIDADE

Nenhum comentário:

Postar um comentário