domingo, 7 de abril de 2013

Dr Holliwood q










Essa criatura bizarra, andrógina e plastificada ė um tal de Dr Holliwood, ou Dr Robert Ray, brasileiro filho de um norte americano que veio ao Brasil e se casou com uma gaúcha. Dizem que foi para os EUA aos 11 anos de idade por intermédio dos missionários americanos mormons e virou um dirigido plástico de ricos, famosos, botoados e plastificados. Ele apresenta um programa de tv exibido pela hedionda Redetv! onde cultua as maravilhas de Beverly Hills e apresenta além de próteses de bumbum e seios, uma coleção de gravatas, ternos e camisas todos horrendos, como convém aos ricos de Miami e Beverly Hills, a emissora vende o programa exatamente assim:
" o mais ocupado e procurado cirurgião plástico de Brverly Hills, Dr Robert Ray, nos leva toda semana a sua incrível e bem sucedida carreira e a sua vida pessoal entre ricos e famosos de Bel Air através de seu programa Dr Holliwood. "
Wowwwwww.... Nao ė sensacional???? Nao ė de rolar de rir??? Nao ė bom rir dos ridículos tanto quanto os ridículos riem de nossa POBREZA MATERIAL???? Tem vezes que acho tão absurdo existirem criaturas, programas e emissoras que vendem conceituassem que chego a pensar que estamos sendo dominados por uma casta de replicantes idiotas e plastificados. 
Que coisa mais ridícula um mundo botoado, plastificado cujos únicos valores sao medidos pela conta bancaria!!! Socorro desse mundo!!!  Nesses momentos sou feliz com minha gordurenta extra, pois isso me aproxima do mundo real, em que os homens vêem futebol, e nao palpitam na cor do meu blush!!!
Agora de verdade, esse Dr Holliwood nunca se achou ridículo??? Impossível!!!!
Deus preserve as imperfeições pleaseeeeeeeee!!!!!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Tristeza repentina

Nao, meu santo nao é forte, a vida comigo sempre foi aos trancos e barrancos, ja nasci compreendendo o mundo injusto ao qual vim, quando logo ao chegar, sacolejando dentro de um ônibus lotado na barriga da minha mae que trabalhou o dia inteiro, num sábado após uma semana inteira de árduo e escravizante trabalho, bom eis que eu desesperada como sempre achei que aquela fosse uma boa hora de chegar a este mundo.
Sorte???? No meu vocabulário infantil nao existia essa palavra, mas sim luta. Lutar todos os dias pelo pão, pela morada!!!
Aos poucos fui crescendo, tomando consciência de mim mesma e do mundo, olhando por entre as publicidades e vitrines  uma imagem criada para agradar um mundo que nao me agrada!!! Uma personagem guiada pelas idéias e convenções da sociedade tao hipócrita, que me sinto suja todos os dias enquanto tenho usad o disfarce da normalidade má!!! Porque para fazer parte do teatrinho temos que ser maus, principalmente uns com os outros!!!
Nao, nao sou nada, ninguém mesmo, nunca fui, sempre fui café com leite em tudo .... So cansei de brincar, podem se vangloriar, vocês venceram por WO.....

quinta-feira, 14 de março de 2013

Clarisse

Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...