Como vivem as mulheres? Aqui no ocidente, com a liberdade sexual, vestidos ginecológicos, e pessoas agindo como animais por puro instinto, como se o respeito ao próprio corpo não fosse mais importante.
Mas enquanto temos mulheres fruta, exibindo seus corpos na TV, e demonstrando um senso comum ( ainda!), de que sexo compra dinheiro e companhia, mas nunca amor e amizade, eu acho ( já dizia Renato Russo), existem também as mulheres que usam a burca.
Para a jornalista, poeta e tradutora libanesa Joumana Haddad, que não conhecia a febre nacional em torno das mulheres-fruta, personagens criadas nos bailes funks do Rio de Janeiro, e achou curiosa a existência da mulher maçã, melancia, melão. Depois da iniciação no mundo dessas neo-celebs, ela disse: “isso também existe no Líbano”. Ora, será que essa analogia pode ser considerada?
“Para mim, as mulheres que usam burca na Arábia são iguais a essas mulheres-fruta. Ambas são oprimidas pelo patriarcalismo. As primeiras são obrigadas pelas autoridades machistas a usar véu para serem canceladas, apagadas, como se não existissem. As outras são tratadas como acessório pelos homens. Os dois tipos são exemplo da Sherazade que eu matei”, explicou. E diz "matei", porque lançou este ano no Brasil o livro, “Eu matei Sherazade – confissões de uma árabe enfurecida”.
O ideal de feminidade, casta e boa família, ainda são sim virtudes destinadas as mulheres, embora estas mesmas virtudes criadas por uma sociedade machista, agora as rejeita, e como mum perfeito jogo de xadrez, virou o feitiço contra o feiticeiro, neste caso, feiticeira, pois a tão sonhada liberdade, foi tornada libertinagem, e o ideal de força e crescimento da mulher na sociedade, transformado em produto, em pedaço de carne disponível e a venda para os que podem comprar .. e os que não podem??? Acreditam e poder um dia, pode ter certeza!
quando se fala em opostos como mulher fruta e mulheres de burca, claro que podemos traçar correlações baseadas em teorias de evolução social, religião, e cultura de cada país, mas em essência, para mim, a grande perda para ambas as mulheres em questão, é o respeito a si próprias. E a condescendência de permitir que um homem bicho e macho, dite regras, e quando isso acontece, não existisse mulher, não existe ser humano, existe sim um animal de estimação.
Se falarmos em religião, concordo com a burca desde que as mulheres que optam pela religião assim a aceitem, e não que seja uma imposição, e analisando dessa maneira, não creio que nenhuma mulher fruta foi obrigada a se tornar um produto, infelizmente!!!!
Ao matar a heroína, Joumana manda a mensagem de que as mulheres não podem abrir mão dos seus direitos básicos, assumir o papel de vítima e, sim, resistir, se rebelar contra essa postura. Com sinceridade e explosão, a libanesa relata na obra o significado da mulher árabe nos dias de hoje. par a jornalista, no mundo inteiro ainda existem mulheres submissas. ela propõe mudança. Alias mudança é uma palavra de que Joumana gosta. Uma das primeiras aconteceu aos 19 anos, quando escolheu um homem para casar e se livrar da criação estreita ditada pelo pai. “Posso dizer que eu usei o meu marido. O casamento foi algo totalmente racional, planejado, eu não o amava”, confessou. Hoje, aos 41 anos, está separada, vive com os dois filhos e conta com total apoio dos pais.
as críticas e ameaças que recebe de todos os lados por viver em constante manifesto pela liberdade não a intimidam, apenas deixam-na preocupada com a segurança da família. O auge da perseguição dos “covardes”, como define, foi quando lançou, em 2009, a revista Jasad (Corpo, em árabe), que aborda assuntos relacionados à sexualidade. O projeto sofre com a falta de recursos, como se ninguém no Oriente Médio quisesse vincular sua imagem à publicação. Mesmo assim, Joumana persiste no projeto. Os poemas de cunho erótico que publica também incomodam muita gente. “Mas eu sei ser má”, brinca.
Eis ai um livro que quero ler. Espero até, que muitas mulheres matem logo a Sherazade, pois antes de gostar do outro, é imprescindível gostar de si mesma!!!
Leia a entrevista completa da poeta no G1:
http://g1.globo.com/pernambuco/fliporto/2011/noticia/2011/11/mulheres-de-burca-e-mulheres-fruta-sao-o-mesmo-diz-joumana-haddad.html
Ao anoitecer sonhos tomam conta de meu coração, que bate aflito e espaçado, nessa imensidão da noite que é um sem por quê de frieza, de solidão.
Meu coração bate, e é como se uma bossa nova ou jazz emprestasse sau batida a ele, ele bate, e bate por trazer consigo ilusões de minha alma apaixonada, sedenta, que acumula ainda restos de esperança num amor que se não for eterno, que seja enquanto dure .... e que dure sim muito tempo, pois a sensação do amor é plena, é como um extase continuo e calmo, é contraditório sim, mas quem disse que é necessario não ser para que a realidade se faça? Assim como o som do jazz não é regrado, assim é o meu coração.
E ao me deitar as sensações vêm num turbilhão de cores e sentidos indescritiveis e maravilhosos, como num caleidoscópio. É como voar , é como beber um vinho e senti-lo entorpecer as extremidades, é como tomar um banho de mar pós chuva, e sentir o calor da agua na temperatura do seu corpo, e chorar de emoção por isso, porque o mar naquele momento apreendido e singular, faz parte de ti, da tua lagrima, do teu calor, da tua vida. Nessas horas, não me importa o que os outros pensam, quem pensa não sente, e eu não posso dar prioridade aos que me vêem como opção, não posso perder meus momentos lucidez, não quero, o ue quero é plenitude se não houver plenitude nisso, no que mais haverá? Não quero ser levada pela vida, como uma pedra carregada pela correnteza, quero filhos na escola, quero beijos escondidos, entumecidos como sou agora.
E agitada, reviro-me noite adentro, porque sei que com amizade e desejo , nossos corações e corpos ainda não sabem lidar.